Quando começa o processo do desfralde?

Acompanhe nossas dicas sobre o processo de desfralde!

O primeiro sinal de que é a hora certa de retirar a fralda é quando a criança começa a dar sinais, indícios, que fez cocô ou xixi na fralda, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria. Assim, a partir desse momento, os pais/familiares devem observar os hábitos da criança, principalmente o momento do dia que costuma fazer as necessidades, pois assim, é possível iniciar o desfralde.

Para o processo de desfralde é importante que os pais/responsáveis tenham paciência e entendam que cada criança é única, tem o seu tempo, seu ritmo e seus hábitos, assim, evitar comparações com outras crianças e incentivar sempre com explicações, conversas e elogios.

Com as crianças com Síndrome de Down, este processo pode ser mais longo e variar de acordo com o desenvolvimento cognitivo e estimulação de cada criança. Importante é ser atento e sensível aos sinais da criança e deve-se começar por uma necessidade da criança e não apenas pela ansiedade e desejo dos pais/responsáveis. Essa percepção é de suma relevância para o sucesso ou fracasso do processo de desfralde.

Para que se inicie o processo será necessário ter cuecas/calcinhas a mais para as trocas e escapes, além de roupas extras quando sair de casa e para enviar à escola. Algumas crianças com Síndrome de Down irão necessitar de auxílio visual, como por exemplo, livros, bonecos, fotos da própria criança.

                Segue algumas dicas:

  1. Fazer a retirada da fralda, durante o dia, explicando que usará cuecas/calcinhas; observar os sinais da criança. Após o início desse processo é importante que seja retirada em todos os lugares, para que a criança não fique confusa, usa na escola, em casa não por exemplo.
  2.  Estimular o uso do penico ou vaso sanitário com o redutor de assento (qual for a escolha da família), oferecendo o uso do banheiro a cada 30 minutos aproximadamente;
  3. Crie uma rotina, tem que ser todos os dias da semana; sentar a criança no penico ou vaso redutor alguns minutos, incentivar a ida após as refeições, ao acordar ou antes de deitar;
  4. Conversar com a criança e elogiar cada conquista;
  5.  Ter paciência e não brigar com a criança;
  6.  Vestir a criança com roupas fáceis de retirar e ter mais trocas;
  7.  O desfralde noturno, pode ser iniciado após a retirada da fralda diurna; quando iniciar, sugere –se usar lençóis permeáveis ou descartáveis;
  8.  Sugere-se as fraldas de treinamento que facilitam o processo, quando sair de casa, para evitar sujar o carro e também evitar grandes escapes durante o passeio.
  9.  Entender que recaídas acontecem.

 

Apesar de tudo isso, se a criança não se adaptar, não insista por muito tempo. Tudo bem desistir e tentar novamente em um outro momento, insistir demais pode fazer com que a criança se frustre.


Carolina Cunha Barros Nobre

Terapeuta Ocupacional

CREFITO – 3 / 5945 – TO