O primeiro sinal de que é a hora certa de retirar a fralda é
quando a criança começa a dar sinais, indícios, que fez cocô ou xixi na fralda,
de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria. Assim, a partir desse
momento, os pais/familiares devem observar os hábitos da criança,
principalmente o momento do dia que costuma fazer as necessidades, pois assim,
é possível iniciar o desfralde.
Para o processo de desfralde é importante que os
pais/responsáveis tenham paciência e entendam que cada criança é única, tem o
seu tempo, seu ritmo e seus hábitos, assim, evitar comparações com outras
crianças e incentivar sempre com explicações, conversas e elogios.
Com as crianças com Síndrome de Down, este processo pode ser
mais longo e variar de acordo com o desenvolvimento cognitivo e estimulação de
cada criança. Importante é ser atento e sensível aos sinais da criança e
deve-se começar por uma necessidade da criança e não apenas pela ansiedade e
desejo dos pais/responsáveis. Essa percepção é de suma relevância para o
sucesso ou fracasso do processo de desfralde.
Para que se inicie o processo será necessário ter
cuecas/calcinhas a mais para as trocas e escapes, além de roupas extras quando
sair de casa e para enviar à escola. Algumas crianças com Síndrome de Down irão
necessitar de auxílio visual, como por exemplo, livros, bonecos, fotos da
própria criança.
Segue
algumas dicas:
- Fazer a
retirada da fralda, durante o dia, explicando que usará cuecas/calcinhas;
observar os sinais da criança. Após o início desse processo é importante que
seja retirada em todos os lugares, para que a criança não fique confusa, usa na
escola, em casa não por exemplo.
- Crie uma rotina, tem que ser todos os dias da semana; sentar a criança no penico ou vaso redutor alguns minutos, incentivar a ida após as refeições, ao acordar ou antes de deitar;
- Conversar com a criança e elogiar cada conquista;
Apesar
de tudo isso, se a criança não se adaptar, não insista por muito tempo. Tudo
bem desistir e tentar novamente em um outro momento, insistir demais pode fazer
com que a criança se frustre.
Carolina Cunha Barros Nobre
Terapeuta Ocupacional
CREFITO – 3 / 5945 – TO